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quarta-feira, outubro 04, 2006

Carlos Malta quer CDC na fase dos primeiros

Está ligado ao CDC há muitos anos. Os destinos do Andebol são da sua responsabilidade. Carlos Malta, em entrevista ao Jornal de Oleiros, a propósito do início do novo campeonato, fala do "sistema" no Andebol. "Não é só no Futebol que existem casos", diz.

No arranque da nova temporada surgem cinco caras novas no plantel que vai ser comandado por Pedro Lagarto. Atingir a fase dos primeiros é o objectivo traçado para a temporada que se avizinha.

JORNAL DE OLEIROS (JO) – O realismo tem sido uma prática que o CDC tem sabido preservar. Até onde vão os sonhos do clube em matéria puramente desportiva? Os oleirenses poderão ter a esperança de ver a sua equipa a competir entre a elite do Andebol nacional?

CARLOS MALTA (CM) – Quando participamos numa prova é sempre para ganhar, mas manter uma equipa na Divisão de Elite significa um investimento muito maior. Neste momento, o clube não tem grandes hipóteses de aumentar as receitas, logo não conseguiria fazer face às despesas, pelo que pensar na subida seria dar um passo maior do que as nossas possibilidades. Acredito que temos uma equipa que em termos desportivos poderia estar entre as maiores, mas temos de estudar essa possibilidade calmamente. É um processo de longo prazo. Temos feito um grande esforço, e disso nos podemos orgulhar, para satisfazer os nossos compromissos financeiros com toda a gente. Queremos continuar com esta filosofia.

J.O. –
Como é que se revelou o impacto da subida à I Divisão, não só em termos competitivos como no orçamento e gestão do próprio clube?

C.M. – Não houve mudanças significativas. O CDC tem crescido paulatinamente. Temos planeado estrategicamente o nosso trabalho e por isso a I Divisão foi o concretizar de um sonho, que há muito acalentavamos. Não houve um aumento significativo das despesas, apenas as inscrições dos atletas são um pouco mais dispendiosas. Em termos desportivos não há grandes diferenças. Se as coisas não correram bem não foi por falta de valia do plantel ou do seu empenhamento. Voltamos a disputar a I Divisão e com mérito. O CDC, no final do campeonato, sofreu pelo facto de pertencer à Associação de Aveiro. As duas equipas que estavam na iminência de descer eram da Associação do Porto, logo o Oleiros era a equipa a "abater". No andebol também há o "sistema". Não é só no Futebol que acontecem "coisas" estranhas.

J.O. –
E este ano como é que vai ser? Quais são as grandes apostas?

C.M. – Temos uma equipa mais equilibrada e mais experiente, o que nos vai permitir disputar um campeonato com outra tranquilidade. O nosso objectivo passa por atingir a fase dos primeiros. Não acredito que haja diferenças muito significativas entre as equipas, por isso se ao CDC não faltar trabalho, empenhamento e atitude dentro do recinto de jogo, tem tudo para concretizar este objectivo.

J.O. –
As instalações de alguma forma condicionam o futuro do clube?

C.M. – Condicionam. Estamos a falar de uma infraestrutura da década de 70, que já foi alvo de alguns melhoramentos, mas que não foram suficientes. Não temos espaço para desenvolver a modalidade. Temos tido algumas solicitações para criar uma equipa de veteranos, e não conseguimos dar resposta por manifesta falta de espaço. O mesmo se aplica à equipa feminina, que não conseguimos constituir por falta de infraestruturas de apoio. Se num curto espaço de tempo não tivermos outras infra-estruturas, corremos o risco de hipotecar o desenvolvimento da modalidade na freguesia.

J.O. –
Quais são os objectivos da formação para a nova época?

C.M. – O principal objectivo é duplicar o número de atletas. Queremos ainda ter todos os escalões a competir nos campeonatos nacionais. Acredito que isso seja possível, porque temos técnicos qualificados para trabalhar as camadas jovens. A nossa grande dificuldade é a captação.

J.O. -
No concelho há outros projectos de Andebol que começam a dar os primeiros passos, por exemplo na Feira e em Escapães. Como é que vê esse interesse de outros clubes na modalidade, quando o CDC foi durante anos o único emblema do concelho?

C.M. - Com muito agrado. Em Oleiros a modalidade está perfeitamente enraizada, vamos conseguir estar sempre à frente dos outros. Não por demérito ou falta de capacidade de trabalho dos outros clubes, mas a verdade é que o CDC tem já criada uma estrutura de há muitos anos que lhe permite realizar um outro tipo de trabalho. No Andebol, como em qualquer outra modalidade desportiva, não basta ter excelentes jogadores. E o aparecimento de outros clubes de Andebol acaba por ser uma mais valia para o CDC que acaba por ser o clube mais apetecível para se jogar já que disputa os campeonatos nacionais. Os outros clubes não nos fazem concorrência.

J.O. – Novidades para o campeonato que está arrancar. O treinador é a principal novidade na equipa?

C.M. – Além do treinador temos cinco caras novas no plantel. São cinco aquisições que vêm colmatar outras tantas vagas, por isso não significa um aumento das despesas. O treinador é uma das nossas principais preocu­pações. Não contratámos ninguém só porque está disponível. Procuramos sempre um treinador que reúna um perfil compatível com os objectivos do clube. O treinador da equipa sénior é o director técnico que traça as linhas de acção. Por isso tem de ser uma pessoa que aposte na formação. Acreditamos que o professor Pedro Lagarto vai conseguir realizar um excelente trabalho na I Divisão.

Fonte:
Jornal de Espinho